Pontos-chave
Os melhores materiais para tubos em trocadores de calor casco e tubo dependem da química do fluido, temperatura, velocidade e risco de incrustação. Cu-Ni 90/10 e 70/30 têm excelente desempenho em água do mar natural; o latão alumínio (C68700) funciona bem em águas limpas com cloretos; o titânio (Grau 2) oferece máxima resistência à corrosão/erosão, mas com custo mais alto; os aços inoxidáveis 316L/duplex atendem a muitos serviços petroquímicos; e o latão almirantado (C44300) é indicado para águas com baixo teor de cloretos e sem sulfetos. Seguir as diretrizes TEMA e AMPP garante desempenho ideal.
A Admiralty Industries fabrica todas essas ligas segundo normas internacionais e auxilia engenheiros a escolher o material correto para cada aplicação marinha ou petroquímica.
Por que a escolha do material dos tubos é uma decisão crítica
A falha nos tubos é uma das causas mais comuns de paradas em trocadores de calor. A escolha incorreta da liga pode causar erosão por impacto, pitting, corrosão sob tensão ou bioincrustação, especialmente em ambientes marinhos e petroquímicos com presença de cloretos, sulfetos ou amônia.
Organizações como a TEMA fornecem padrões de projeto, enquanto a AMPP (antiga NACE) e a Copper Development Association (CDA) oferecem dados de corrosão e orientações de uso de materiais.
Estrutura rápida de decisão usada por engenheiros
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Definir o serviço – resfriamento vs. condensação, água do mar vs. água de processo, limpa vs. com incrustação.
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Verificar a química – cloretos, sulfetos/H₂S, amônia, areia/silte, biocidas (cloração).
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Considerar a velocidade – manter-se dentro do limite de projeto de cada liga para evitar erosão.
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Ajustar à temperatura e pressão – especialmente para inox e titânio.
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Equilibrar o custo de ciclo de vida – CAPEX vs. margem de corrosão, frequência de limpeza, tempo de parada.
Principais famílias de materiais para tubos (e quando usá-los)
1) Cobre-Níquel (Cu-Ni) 90/10 (C70600) e 70/30 (C71500)
Ideal para: Resfriamento com água do mar natural, aquecedores/condensadores de salmoura em dessalinização, HVAC marítimo, risco moderado de erosão.
Por que funciona: O Cu-Ni forma filmes protetores em água do mar aerada e resiste melhor que os latões à erosão por impacto; o 70/30 oferece maior resistência e tolerância à velocidade que o 90/10.
Atenção: Poluição por sulfetos (águas portuárias, zonas estagnadas) e amônia podem degradar o filme protetor; é essencial filtragem e controle da cloração.
Quando usar: Desempenho comprovado e custo competitivo em água do mar, sem necessidade de migrar para o titânio, especialmente em dessalinização MSF/MED e sistemas navais.
2) Latão alumínio (C68700) e latão almirantado (C44300)
Ideal para: Águas limpas com baixo teor de cloretos e baixa contaminação por sulfetos/amônia; condensadores de usinas e alguns resfriadores industriais.
Por que funciona: O latão com alumínio melhora a resistência ao impacto e aos cloretos em relação ao latão almirantado; ambos são amplamente usados onde as águas são não poluídas e as velocidades controladas.
Atenção: Amônia ou sulfetos podem causar ataque rápido; não recomendado para água do mar poluída.
Quando usar: Qualidade da água conhecida e controlada (captações fluviais/lacustres, sistemas fechados) e vantagem econômica sobre ligas mais caras.
3) Aços inoxidáveis austeníticos e duplex (ex.: 316L, 2205)
Ideal para: Muitos serviços petroquímicos, algumas águas salobras e aplicações de alta temperatura onde ligas à base de cobre não são adequadas.
Por que funciona: O 316L pode operar em água do mar aerada para alguns componentes; duplex/super duplex oferecem maior resistência a cloretos e maior resistência mecânica.
Atenção: Risco de corrosão sob tensão por cloretos em altas temperaturas; exige atenção a frestas e soldas.
4) Titânio (puro comercial, Grau 2)
Ideal para: Serviços com cloretos altamente agressivos, água do mar quente, alta velocidade e plantas que priorizam tempo máximo de operação.
Por que funciona: Resistência excepcional a pitting, corrosão em frestas, erosão e bioincrustação; muitas vezes é a opção mais econômica no ciclo de vida em serviços severos de água do mar.
Atenção: Custo inicial elevado e risco de grippagem; evitar acoplamentos galvânicos desfavoráveis.
5) Revestimentos não metálicos e alternativas (para casos específicos)
Em alguns serviços, materiais não metálicos (borrachas, polímeros, plásticos reforçados com fibra) são usados como componentes ou revestimentos para isolar o tubo de fluidos corrosivos, especialmente quando incrustações ou químicas agressivas prejudicam os metais.
Ajustando o material às condições reais de operação
Água do mar (captação direta, passagem única, plantas costeiras)
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Opções iniciais: Cu-Ni 90/10 ou 70/30; usar titânio para altas temperaturas/velocidades ou águas poluídas.
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Notas de projeto: Respeitar limites de velocidade para evitar erosão; gerenciar cloração e filtragem.
Dessalinização (MSF/MED)
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Opções típicas: Cu-Ni 90/10 em seções de salmoura desaerada; 316L ou ligas superiores em seções de água do mar aerada; titânio quando o custo de ciclo de vida justificar.
Resfriamento petroquímico e de refinarias
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Opções típicas: 316L/duplex para muitos serviços de hidrocarbonetos; Cu-Ni ou titânio no lado de água do mar dos condensadores; latão alumínio em águas limpas com baixo risco de contaminantes.
Variáveis operacionais que afetam o desempenho dos tubos
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Velocidade do fluido e sólidos – A erosão-corrosão acelera acima dos limites da liga.
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Oxigênio e biocidas – Ligas de cobre dependem de filmes de óxido estáveis; a cloração deve ser bem controlada.
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Contaminantes (sulfetos, amônia) – Traços podem atacar ligas de cobre; em caso de risco, usar titânio ou inox/duplex.
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Estratégia de limpeza – Métodos devem ser compatíveis com a liga para evitar remoção de filmes protetores ou danos abrasivos.
A simple selection matrix (starting point)
Condição de serviço | Materiais recomendados | Evitar / cuidado |
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Água do mar natural, temp. moderada, sólidos controlados | Cu-Ni 90/10; Cu-Ni 70/30 | Latões se houver sulfetos/amônia |
Água do mar quente/poluída ou alta velocidade | Titânio | Cu-Ni/latões acima dos limites de velocidade |
Dessalinização (MSF/MED) | Cu-Ni 90/10 em salmoura desaerada; 316L em seções aeradas; Titânio para máxima confiabilidade | Latões em seções com sulfetos |
Águas fluviais/lacustres limpas (baixo cloreto) | Latão alumínio; Latão almirantado | Se houver amônia/sulfetos |
Resfriamento petroquímico (diversos fluidos) | 316L/duplex; Titânio no lado da água do mar | Ligas de cobre com H₂S/amônia |
Escolher o material certo é um investimento de longo prazo
A escolha do melhor material para tubos de um trocador casco e tubo não é apenas uma decisão de projeto, mas um compromisso operacional de longo prazo. O material certo equilibra resistência à corrosão, desempenho térmico, custo e facilidade de manutenção, garantindo operação confiável por décadas.
Seja Cu-Ni para resistência comprovada em água do mar, latão alumínio para economia em água limpa, inox/duplexpara versatilidade petroquímica ou titânio para proteção máxima, a chave é adequar o material ao ambiente de serviço. Trabalhar com um fornecedor experiente que compreenda tanto a engenharia quanto a aplicação ajuda a reduzir paradas não planejadas, diminuir custos de ciclo de vida e manter a operação na máxima eficiência.
Pronto para especificar seu próximo trocador casco e tubo?
A Admiralty Industries fornece tubos de liga fabricados segundo normas internacionais, com certificação completa de usina e dimensões personalizadas para atender ao seu projeto. Nossos especialistas podem ajudá-lo a escolher a liga ideal para sua aplicação marítima, petroquímica ou de resfriamento industrial, garantindo conformidade com as especificações TEMA e ASTM.
Entre em contato com nossa equipe técnica para discutir os requisitos do seu projeto ou solicitar um orçamento detalhado.
Referências
Copper Development Association. Seawater System Design: Heat Exchangers and Piping. Copper Development Association Inc., 2017, https://www.copper.org/applications/marine/cuni/applications/seawater_system_design/heat_exchangers_piping/.
Tubular Exchanger Manufacturers Association. TEMA Standards. TEMA, https://tema.org/.
Association for Materials Protection and Performance (AMPP). Multiple Effect Distillation (MED). In Corrosion Management and Control in Desalination, AMPP, Chapter 7, https://content.ampp.org/books/book/19/chapter/2214600/.